La Nuit
Na França, um jovem produtor de musicas ambientais com o nome de Charles empreendeu um projeto novo e muito interessante. Ele iria gravar o som de si mesmo dormindo, e divulga-lo sob o nome de "La Nuit (A Noite)”. Charles vivia sozinho em uma área rural, o que eliminaria ruídos como alarmes de carro, trânsito, etc. Ele planejou seu projeto por muitos meses, adquirindo todo o equipamento necessário para captar todos os ruídos externos, bem como o de si mesmo durante o sono.
Finalmente, no dia 27 de Setembro, ele decidiu executar seu plano. Após montar todo o seu equipamento, ele caiu no sono exatamente à meia-noite. No dia seguinte, Charles decidiu reavaliar sua gravação. Durante a primeira hora, a gravação captou o barulho de suas cobertas se mexendo, seu próprio corpo virando repetidamente na cama, bem como alguns latidos de cães e alguns alarmes de carro distantes (seu plano de se distanciar dos ruídos não funcionou muito bem). Os sons continuaram sutilmente durante toda a segunda hora, até que Charles ouviu algo que o horrorizou.
Exatamente às 3 horas e 24 minutos de gravação, ele ouviu o som da porta de seu quarto se abrindo.
Quieto
Já parou pra perceber como ficamos quietos e calados quando estamos sozinhos? Aposto que não percebeu, ao menos até agora. Até porque, não tem com quem falar, certo?
Certo?
Você escuta música, tenta rir pra disfarçar a ansiedade, mas se ficar pensando muito nisso, ah, não é bom, você vai começar a olhar pra os cantos em ansiedade, vai pensar então em falar consigo mesmo, tentar fazer alguma coisa soar a seus ouvidos, algo são, porque esses barulhos que você fica ouvindo não são muito confiáveis. De onde vem, hein? hã?
O que?
Falar consigo mesmo não foi uma ideia legal, e se alguém quiser entrar na conversa? Se alguém quiser falar algo? Você vai ouvir? Você vai saber de onde veio a voz? Vai ficar só esperando ela falar ou vai convidar gentilmente pra uma conversa? E se eu falar com você agora? Acho que vou bater na sua porta.
Mas antes me diga.
Que voz sou eu na sua cabeça? E quem são essas outras? Quando se deitar para dormir, vamos ter uma conversa.
Certo?
Você escuta música, tenta rir pra disfarçar a ansiedade, mas se ficar pensando muito nisso, ah, não é bom, você vai começar a olhar pra os cantos em ansiedade, vai pensar então em falar consigo mesmo, tentar fazer alguma coisa soar a seus ouvidos, algo são, porque esses barulhos que você fica ouvindo não são muito confiáveis. De onde vem, hein? hã?
O que?
Falar consigo mesmo não foi uma ideia legal, e se alguém quiser entrar na conversa? Se alguém quiser falar algo? Você vai ouvir? Você vai saber de onde veio a voz? Vai ficar só esperando ela falar ou vai convidar gentilmente pra uma conversa? E se eu falar com você agora? Acho que vou bater na sua porta.
Mas antes me diga.
Que voz sou eu na sua cabeça? E quem são essas outras? Quando se deitar para dormir, vamos ter uma conversa.
Escuro
Sabe quando você apaga a última lâmpada… Está no escuro, e sente aquele frio na espinha?
Não importa se é criança, adulto ou velho…
Você sempre pode sentir o ambiente esfriar de repente, como se seu sangue gelasse só por causa do escuro…
A maioria das pessoas deixa a lâmpada do quarto acesa… E se foca na claridade do caminho de volta pro quarto, outros vão correndo… Mas poucos olham pra trás…
Você sabe que não tem nada lá no escuro… Ou pelo menos sua mente quer pensar assim…
Mesmo quando está deitado, e ouve barulhos estranhos, você ignora, você sabe que pode ser o vento, ou algum objeto em falso que caiu…
Mas lá no fundo… Você tem medo de olhar e perceber alguma coisa te olhando de volta…
As crianças tem este medo… Mas vão crescendo sendo treinadas para acreditar que não há nada lá…
Eu acreditava…
Naquela vez que fui ao banheiro, tinha esquecido de ligar a luz do corredor…
Era desnecessário, eu sabia o caminho…
E essa é a hora em que você pensa o quanto seu medo é ridículo, e olha pra trás pra provar a si mesmo que está errado… Eu olhei…
O que eu vi, fez meu sangue gelar…
Olhava diretamente pra mim…
Não podia ver seus olhos, mas sabia que olhava pra mim…
Minhas pernas não se mexiam… Eu não conseguia gritar…
Parecia ter levado uma eternidade encarando aquelas órbitas vazias, até que consegui forças pra correr até o meu quarto e acender a luz…
Enquanto meu coração parecia querer sair pela boca, olhei para onde a coisa estava… E não havia nada…
Na manhã seguinte, não sabia se havia sido um sonho, ou se tinha sido mesmo verdade… Eu só sabia de uma coisa…
Eu não durmo mais de luz apagada.
Não importa se é criança, adulto ou velho…
Você sempre pode sentir o ambiente esfriar de repente, como se seu sangue gelasse só por causa do escuro…
A maioria das pessoas deixa a lâmpada do quarto acesa… E se foca na claridade do caminho de volta pro quarto, outros vão correndo… Mas poucos olham pra trás…
Você sabe que não tem nada lá no escuro… Ou pelo menos sua mente quer pensar assim…
Mesmo quando está deitado, e ouve barulhos estranhos, você ignora, você sabe que pode ser o vento, ou algum objeto em falso que caiu…
Mas lá no fundo… Você tem medo de olhar e perceber alguma coisa te olhando de volta…
As crianças tem este medo… Mas vão crescendo sendo treinadas para acreditar que não há nada lá…
Eu acreditava…
Naquela vez que fui ao banheiro, tinha esquecido de ligar a luz do corredor…
Era desnecessário, eu sabia o caminho…
Fui olhando pro chão, com medo de tropeçar em algo no escuro…
Estava frio… Achei normal, afinal era noite…
Enquanto fazia o que tinha ido fazer no banheiro, senti um pequeno calafrio…
Ri sozinho… Estava realmente apertado, era um alívio!
No caminho de volta, ouvi um estalo atrás de mim, e me arrepiei…
Nessa hora nosso cérebro começa a procurar uma explicação pro que está havendo…
Comecei a vasculhar minha mente, tentando lembrar se eu tinha trancado a porta… Tinha. Tinha certeza que sim.
Estava frio… Achei normal, afinal era noite…
Enquanto fazia o que tinha ido fazer no banheiro, senti um pequeno calafrio…
Ri sozinho… Estava realmente apertado, era um alívio!
No caminho de volta, ouvi um estalo atrás de mim, e me arrepiei…
Nessa hora nosso cérebro começa a procurar uma explicação pro que está havendo…
Comecei a vasculhar minha mente, tentando lembrar se eu tinha trancado a porta… Tinha. Tinha certeza que sim.
E essa é a hora em que você pensa o quanto seu medo é ridículo, e olha pra trás pra provar a si mesmo que está errado… Eu olhei…
O que eu vi, fez meu sangue gelar…
Olhava diretamente pra mim…
Não podia ver seus olhos, mas sabia que olhava pra mim…
Minhas pernas não se mexiam… Eu não conseguia gritar…
Parecia ter levado uma eternidade encarando aquelas órbitas vazias, até que consegui forças pra correr até o meu quarto e acender a luz…
Enquanto meu coração parecia querer sair pela boca, olhei para onde a coisa estava… E não havia nada…
Na manhã seguinte, não sabia se havia sido um sonho, ou se tinha sido mesmo verdade… Eu só sabia de uma coisa…
Eu não durmo mais de luz apagada.
Fonte:http://blog-estranhouniverso.blogspot.com.br/
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